quinta-feira, 22 de abril de 2010

22 DE ABRIL E O DESCOBRIMENTO DO BRASIL

Hoje é dia de se comemorar o "Descobrimento do Brasil". Mas, antes de qualquer comemoração é bom que tenhamos um tempinho para refletir sobre como e quem descobriu essas terras tão ricas e que parecem ser pobres pelo caráter social da população.
Segundo o Professor Ailton Lopes em seu site http://www.ailton.pro.br, tudo aconteceu mais ou menos assim:

No século XVI, baseando-se na mitologia do povo celta, o cartógrafo genovês Angel Dalorto desenhou uma ilha em um de seus mapas. A porção de terra cercada estava a oeste do sul da costa da Irlanda. Para o cartógrafo, era ali o lugar que São Brandão, um monge irlandês que se aventurou para o alto-mar no ano de 565, descreveu como a Terra Abençoada, onde havia abundância, clima ameno e igualdade entre seus habitantes. Curiosamente, no mapa de Dalorto essa ilha se chamava Ilha do Brasil. Portugal ameaçou enviar uma frota às terras descobertas por Colombo, e a Espanha lhe propôs discutir um acordo sobre as terras a descobrir. Essa foi a origem do Tratado de Tordesilhas (7 de junho de 1494).

Duarte Pacheco Pereira, nomeado Cavaleiro da Casa Real, participou como negociador português. Especialista em geografia e cosmografia, reivindicou para Portugal as terras que fossem descobertas a até 370 léguas a oeste de Cabo Verde. Historiadores sustentam a hipótese de Duarte Pacheco ter sido o verdadeiro "descobridor do Brasil", em 1498, viajando em segredo. O único registro desse feito é um trecho meio obscuro do livro Sobre os Mares do Mundo, escrito pelo próprio Pacheco entre 1505 e 1508. Nesse relato, ele conta que, em 1498, explorou a "parte ocidental" do Oceano Atlântico, encontrando "uma grande terra firme, com muitas ilhas adjacentes" e coberta de "muito e fino brasil". Isso reforça a tese de que a viagem de Pedro Álvares Cabral foi uma operação secreta arquitetada pela Coroa portuguesa, dois anos depois da verdadeira descoberta, para formalizar a posse das terras. 
Em 26 de janeiro de 1500, o navegador espanhol Vicente Pinzón teria chegado a a um novo território no além-mar, desconhecido pelos reinos de Portugal e Espanha. Pinzón partiu em novembro de 1499 do Porto de Palos e, em sua jornada pelo Atlântico, passou pelas Ilhas Canárias e Cabo Verde. Veterano explorador que comandou a caravela Nina na descoberta da América, em 1492, Pinzón disse que, ao chegar à costa, identificou "um ponto escuro e depois um dorso de pedra, um promontório". 

Ele seguiu viagem em direção ao norte, ao largo de um litoral com poucas baías seguras para ancoragem e desembarque. Quando enfim conseguiu chegar à terra, o espanhol e seus homens enfrentaram a fúria dos índios potiguares. "Mataram oito dos nossos soldados e mal houve um que não tivesse sido ferido", descreveu. O local seria Cabo de Santo Agostinho, no litoral pernambucano. Ele costeou o litoral até a foz do Rio Amazonas, descoberta por ele. Ali, encontrou-se com outro espanhol, Diego de Lepe, e juntos avançaram até o rio Oiapoque. 
Esta é apenas uma das muitas deduções que os históriadores e pesquisadores fazem acerca da chegada dos europeus às nossas terras. Na verdade, o que mais fica esclarecido é que em todas as hipóteses que são consideradas, em todas as narrativas que os pesquisadores fazem descrição referente ao "descobrimento" há personagens que sempre aparecem, e são personagens humanos: os Índios. Por isso, não podemos considerar tanto a expressão "DECOBRIMENTO DO BRASIL". 

Os nossos índios já estavam aqui, eles eram os donos das terras, elas já haviam sido descobertas. Porém, pode-se dizer que hoje, hipoteticamente, está completando 510 anos que os portugueses chegaram à costa brasileira e começaram a desenvolver estratégias que culminaram no domínio político e econômico por alguns séculos, e que a forma de desenvolvimento aplicada, talvez tenha sido inadequada, visto que mesmo sendo uma terra rica, até hoje, os aspectos socioeconômicos da nossa sociedade têm demonstrado o contrárrio. É isso!

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