segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

POETANDO

RASCUNHO
 
Difícil é sentir o peso da vida sem saída.
Não sabemos mexer os dedos da alma
O desespero deixa a pele dolorida
Ficamos o tempo inteiro inativos, sem calma

Não temos fome, nem pensamos na vida
corremos ao vento solto, isolados do mundo ativo
Fazemos planos, desejamos viver sem comida
O coração parece nem estar vivo 

A fome não vive com a tristeza em punho
somos falsos, somos pobres, somos fracos
O sonho se perde e passamos a viver o rascunho

O rascunho do amor, da felicidade, do fulgor do céu
Perdemos o cântico da vida alegre e morremos
Nada é concreto porque sustentamos os sonhos ao léu.

Mônica Freitas 



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